O nome é Terreiro de Jesus, mas o espaço, em pleno coração do Centro Histórico de Salvador, abriga uma infinidade de santos e suas respectivas igrejas. Lá estão as de São Pedro, São Francisco e São Domingos. Um pouco abaixo, na Ladeira do Pelourinho, a deNossa Senhora do Rosário dos Pretos. E é claro, a casa máter do Catolicismo na Bahia, a Catedral Basílica.
A visita ao local pode ter caráter religioso, na primeira igreja, que deu origem à Catedral Basílica, construída no século XVI e mais tarde, entre 1652 e 1672, transformou-se na atual catedral. Pode ter caráter histórico, na visita ao primeiro hospital da Bahia, em 1808, que deu origem à primeira Faculdade de Medicina no Brasil.
Ou cultural, já que no largo calçado com pedras portuguesas pode-se apreciar uma roda de capoeira, comer um acarajé, ou ver o tempo passar na tipicidade da Cantina da Lua, uma parada obrigatória para quem quer conhecer de verdade o centro histórico da cidade.
Ânimos revigorados é hora de caminhar pela área, contemplar os casarões centenários, admirar as miçangas que adornam os braços das baianas em trajes típicos, e o trabalho dos artistas populares que retratam com a maestria dos pincéis a rica paisagem daquele que é um patrimônio da humanidade.
O certo é que ali, católicos se misturam com turistas, com baianas em trajes típicos e com uma diversidade religiosa e cultural que parece emoldurar o casario histórico, as ruas estreitas e a arquitetura de cada um dos prédios.
Isso sem contar a magia sagrada da Igreja da Ordem Terceira do São Francisco, com sua arquitetura em barroco e neoclássico e seu interior banhado em ouro. Uma visão de perder o fôlego.
É no Terreiro de Jesus, cujo nome original é Praça 15 de Novembro, que se reuniam os hippies de Salvador na década de 70 e onde também estão a primeira sede da Federação Espírita do Estado da Bahia, a Sociedade Protetora dos Desvalidos, a Ordem Terceira de São Domingos e a Igreja de São Pedro dos Clérigos.