Na BR-242 (Bahia-Brasília), logo após a entrada da cidade de Lençóis, em qualquer um dos lados que o viajante olhar, vai se defrontar com um cenário dos mais bonitos que o interior da Bahia oferece: a Chapada Diamantina no seu esplendor.
O que talvez muitos não saibam é que ali também começa a região da APA Iraquara-Marimbus, uma área de proteção ambiental de 125,4 mil hectares, onde estão localizados cinco dos principais municípios da região: Lençóis, Andaraí, Palmeiras, Iraquara e Seabra. Criada em 1993, a APA objetiva garantir a conservação de áreas naturais ameaçadas, e assim proporcionar aos turistas uma possibilidade de conhecer a beleza da região com consciência ecológica.
Essa época do ano é a melhor para quem gosta de explorar trilhas. Portanto, contrate um guia em qualquer um dos municípios que visitar e descubra o encanto da natureza. A parte norte, a parte da APA denominada Iraquara, estão os municípios de Iraquara e Seabra. É a região das cavernas calcarias, e Palmeiras é a região dos morros mais famosos, como o Morro do Pai Inácio e o Morro do Camelo, onde são possíveis percorrer roteiros diversos. Já em Lençóis e Andaraí, é onde fica a parte da APÀ denominada Marimbus, conhecida como mini-pantanal.
Marimbus – Na parte da APA, Marimbus, estão os rios Santo Antônio, São José e Utinga, que recebem águas das serras do norte do Parque Nacional da Chapada Diamantina, dentre elas dos rios Mucugezinho, Preto, Capivara, Roncador, Caldeirão e Garapa, que atraem muitos turistas em roteiros diários. O assoreamento causado pelas areias que desceram a serra por causa do garimpo provocou um grande impacto ambiental, formando praias e extensos areais.
Preservando a natureza
Nas viagens pela região, evite colocar fogo na vegetação seca. Ele tem sido um dos principais inimigos do parque e da natureza de forma geral. Parte dos incêndios da Chapada, que costumam ocorrer com, mais frequência entre os meses de agosto até dezembro, ocorre pelo processo de combustão espontânea. Mas nos últimos anos as queimadas que ocorreram no parque foram causadas pelo homem. O órgão responsável pela fiscalização, prevenção e combate aos incêndios florestais é o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICM-BIO).
Todos os que viajam para a ´[área do Parque Nacional da Chapada Diamantina são orientados por guias e agentes de viagens à necessidade de preservação do meio ambiente. O viajante tem a responsabilidade moral de avaliar o comportamento dos companheiros de viagem em relação ao meio ambiente, como evitar jogar lixo ao longo das trilhas, deixar baga de cigarro acesa, ou destruir a vegetação e caçar animais.
Fauna – A caça é, assim como o fogo, são os inimigos naturais dos animais da região. Ainda hoje há caça ocorrendo nas áreas do parque e a falta de fiscalização ameaça a fauna. Os animais mais frequentes caçados são: cobras, lagartos, gafanhotos, grilos, mocós (roedor), ouriços, saguis, morcegos, tatus e uma grande variedade de aves.
Como chegar
Existem voos regulares semanais que saem do Aeroporto Internacional de Salvador com destino ao Aeroporto de Lençóis. Mas se precisar ir de carro, a opção é seguir pela BR-324 até Feira de Santana, e de lá seguir pela BR-116 (Rio-Bahia) até o entroncamento da BR-242 (Bahia-Brasília), na altura da ponte sobre o Rio Paraguaçu. De lá a melhor opção é estabelecer a base de hospedagem na cidade de Lençóis, que dentre as cidades da Chapada Diamantina, é a que tem melhor infraestrutura turística.