A caminho de Barra Grande, Maraú ou Itacaré, uma passada na pequena cidade de Nilo Peçanha para conhecer a tradição do Zambiapunga deve ser incluída no roteiro de quem faz turismo na Bahia ou mesmo de quem quer conhecer um pouco das tradições desse Estado.
A manifestação, marca registrada da pequena cidade, é um dos símbolos culturais mais marcantes da região do Baixo Sul da Bahia, que começa em Valença e termina em Camamu. E os grupos de mascarados coloridos é traição nos desfiles nos festejos juninos e, sobretudo, em eventos que envolvam o padroeiro da cidade.
Normalmente o grupo se apresenta na madrugada de 1º de novembro, dia de Todos os Santos e também aos sábados, na festa do padroeiro Senhor do Bonfim (principal festa religiosa local), que acontece durante o terceiro domingo de janeiro, acompanhado pelo som de enxadas vibradas por percussão, tambores e búzios soprados. A tradição repete um ritual dos antigos escravos, em celebração no nascer do dia com pedidos de proteção.
O que é – Zambiapunga é uma herança africana trazida para o Brasil pelos negros bantos na época do ciclo da cana–de–açúcar. É formado por um grupo de mascarados que utilizam capacetes em forma de cone e calças enfeitadas com papel de seda franjado, blusas de cetim liso e de cores variadas. Tocam instrumentos como enxadas, tambores, repique e cuícas rústicas. Apresentam-se na madrugada do dia 1º de Novembro (dias de Todos os Santos).
No Dia de Finados (02 de Novembro) o grupo também costuma sair às ruas para representar as boas energias para receber os bons espíritos da alegria. Um grupo formado por 60 homens sai mascarado, com roupas e transformando a data em um festejo alegre.