O primeiro a ir embora foi o Banco Econômico, em 1994. Foi a primeira instituição financeira privada no país, e ocupava um prédio de 10 andares na Rua Miguel Calmon. Em seguida saíram o Bradesco, cuja Diretória Regional ficava tanto na Rua Miguel Calmon como na Avenida Estados Unidos. Depois o Banbo Baneb, Real, Comind, Bamerindus (depôs HSBC), e, por fim, o Banco Central. Tofos foram embora da área ou fecharam suas diretorias.
Hoje o bairro do *Comércio*, o primeiro centro empresarial e financeiro planejado do País, está às moscas.Tão antigo quanto a chegada da Família Real ao Brasil, em janeiro de 1808, até o início deste século ainda exibia, já com claros sinais de decadência, uma pujança que já não se vê mais.
Dos seus casarios neo coloniais, em estilos misturados do ART Decò ao Colonial da última década do século XIX, restam apenas fachadas fechadas e com placas de “vende-se”.
Do antigo centro de consumo de executivos, de onde surgiram boutiques como a MM Modas, H Magazine e Império Modas. Lojas de decoração como A Lâmpada, e restaurantes meio demodês, como O Cólon, nada mais resta. E quem se aventurou como o Mc Donald’s, o Pimenta de Cheiro, fecharam as portas.
A resistência fica por conta do quase secular Restaurante Juarez no esquecido Mercado do Ouro, e as sedes da Associação Comercial da Bahia (a mais antiga do Brasil) e a Junta Comercial, pois o Instituto do Cacau está desativado r até mesmo a Receita Federal deixou o prédio também quase secular, indo para o outro lado da cidade.
O *Comércio pede socorro*, a despeito dos esforços da Prefeitura de Salvador, para lá transferindo alguns órgãos da administração municipal, e de iniciativas isoladas, como de uma universidade privada, que arrendou a sede da antiga RFFSA, na Praça da Inglaterra.
Com ruas e alamedas, e duas avenidas que se intercruzam de forma simétrica e assimétrica, com o melhor planejamento urbano da cidade e contando com uma boa infraestrutura, *o Comércio está morrendo por inanição urbana*