Durante os chamados meses frios (maio a setembro), as praias, principal atrativo turístico de Salvador, não é a melhor opção para baianos e tur5istas que desejam curtir as belezas da primeira capital do Brasil. Contudo, essa cidade cheia de contrastes sociais, culturais, gastronômicos, religiosos e geográficos, tem inúmeras atrações que podem ser aproveitadas nesse período chuvoso, oferecendo boa infraestrutura de lazer e diversão.
Se você decidiu vir pela primeira vez para a capital baiana, ou escolheu essa época do ano para visita-la, além das praias, por causa da época, podem ser curtidas de uma forma mais contemplativa, como o pôr do sol, existem opções diversas que podem ser aproveitadas durante as manhãs, tardes e noites, desde passeios culturais, visitando alguns locais históricos, e conhecendo mais da história do nosso povo, como a visita a pontos turísticos mais tradicionais, a degustar o melhor da culinária regional em bares e restaurantes, muitos deles temáticos, aos entretenimentos, passeios ao ar livre e curtir a noite de forma boêmia em um bairro-ícone como o Rio Vermelho.
Salvador é amor à primeira vista, cidade vibrante, musical e colorida. Ao planejar sua viagem, você provavelmente listou experiências que vão te fazer sentir a cidade em sua essência, um resumo do que é Salvador. Sol, bons encontros, gastronomia, vida cultural, música e festa são alguns motivos que com certeza te fizeram escolher Salvador.
Durante as manhãs, nessa época do ano variando entre o frio ou calor, sol ou chuva, vá para a Cidade Baixa. Lá tem muitas tradições, principalmente nos dois pontos de maior religiosidade da capital baiana: a Colina Sagrada, onde está a Igreja do Bonfim, e o Santuário de Irmã Dulce dos Pobres. Para seguir a tradição baiana, que mistura o sincretismo religioso, numa demonstração democrática de fé, uma das mais importantes atividades para quem chega à cidade é subir a Colina Sagrada para agradecer na Basílica Santuário de Nosso Senhor do Bonfim. Como diz o dito popular: “Quem foi à Bahia e não foi ao Bonfim, não foi à Bahia”. Aproveite a ida e passe, antes, no Santuário de Irmã Dulce, que fica perto da Igreja do Bonfim, na parte baixa.
Assista a uma missa e visite o museu da igreja. A igreja tem missas todos os dias. Contudo, as sextas-feiras são as mais tradicionais e são o momento onde os baianos e turistas se vestem de branco em agradecimento ao Senhor do Bonfim. Lá, repetindo uma tradição secular de fé, você vai amarrar uma fitinha no gradil famoso. Muito mais do que uma forma de lembrar da viagem, o item é sinônimo de fé e tradição e tem o poder de realizar três pedidos, segundo a crença popular. Logo depois, almoce em um dos bons restaurantes, de preferência de frente para o mar.
Após o almoço, aproveite a tarde para passear pela Cidade Alta, mas precisamente no Centro Histórico, com destaque para o Pelourinho e o Santo Antônio Além do Carmo. Casarões seculares, bares, museus, igrejas e sempre uma bela vista para a Baía de Todos os Santos, de onde se tem um dos mais belos pôr do sol no Brasil. Visite a Casa do Carnaval da Bahia, o primeiro museu da folia faz uma viagem visual e sensorial nos recortes temáticos da festa. São maquetes, roupas e instrumentos emprestados por artistas da festa, fotos e documentos históricos, além de dois cinemas onde os visitantes podem aprender ritmos da festa caracterizados e com a ajuda de monitores. E se quiser, veja o pôr do sol do terraço. Lá, tem o Mãe Comida Afetiva, com belisquetes bem gostosos.
Para encerrar o seu dia, que tal um drink no Cravinho, cercado por Igrfjas do Terreiro de Jesus, ainda no Centro Histórico? Marca registrada das festas de largo, a bebida feita à base de cravo e canela traz um gosto e aroma bastante encorpados. Criado no início dos anos 80, O Cravinho possui quatro ambientes internos, sendo um deles uma lojinha com vários itens interessantes para os turistas. Possui uma grande quantidade de bebidas típicas de infusão como: O Cravinho (cachaça, cravo, mel e limão), Canela (cachaça, canela, mel e limão) e o Jatobá (cachaça, Casca de Jatobá, mel e limão).
E se quiser prolongar a noite, o bairro do Rio Vermelho, na Orla Atlântica da cidade, oferece o que há de mais variados em bares e restaurantes, ao cheiro do acarajé feito na hora, nos tabuleiros das baianas Cira, Regina e Dinha. Aproveite!