Uma cidade que respira mar o ano todo, não poderia começar o Ano Novo de forma diferente, que não pelo mar. A capital baiana tem três tipos de orla, a Atlântica, que vai até os limites do município de Lauro de Freitas, com destaque para as praias de Piatã, Itapuã, Stella Mares e Flamengo. A Orla da Baía de Todos os Santos, com destaque para o Porto da Barra, local onde está o marco de fundação da cidade, de 1549. E a Orla da Península de Itapagipe, com destaque para as praias da Boa Viagem, e da Ribeira.
Como se não bastasse, com extensão para o Subúrbio Ferroviário, onde se sobressai as praias de Inema, privativa das Forças Armadas, e da São Thomé de Paripe, um antigo balneário do início do século passado, de águas mansas e rasas. E como complemento, as ilhas de Maré. Com a alvinitente Praia de Nossa Senhora das Neves, e a Ilha dos Frades, com a primeira praia de Bandeira Azul Internacional do Nordeste, a da Ponta fe Nossa Senhora de Guadalupe.
Começando o Novo Ano pelo mar, com a procissão marítima de Bom Jesus dos Navegantes, entre as praias da Boa Viagem e o Porto da Barra, pela Baía de Todos os Santos, nada mais natural que aproveitar os meses de verão e curtir a diversidade de praias que a capital baiana oferece. Somente da Barra até Praia do Flamengo, já no limite norte da cidade, são dezenas, cada uma com característica própria, como a do Buracão, uma pequena em enseada no bairro do Rio Vermelho, considerada a mais descolada. Ou a de Piatã, que possui trechos para a prática do surf, e trechos que, na maré baixa, se torna propícia para o banho com a família. Sem falar na poética Itapuã, com trechos quase que particulares, como a da Rua K, e as badaladas da galera do surf e bodyboard, como Flamengo e Stella Maris.
Na Península de Itapagipe, vale a ida para a Boa Viagem, que é rasa, morna e quase sem ondas. Mas que tem nas proximidades, marcos da história colonial da Bahia, como a Igreja e Mosteiro do Mont Serrat, do século XVI, e o forte do mesmo nome, de 1583, e que tem um pequeno farol, inaugurado em 1935, na Ponta do Humaitá, de onde se pode apreciar um dos mais belos pôr do sol da cidade. E está pertinho da Igreja do Bonfim.
Para quem se dispuser a ir um pouco mais longe, já nos limites leste da cidade, vai entender o porquê dos ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Lula e Dilma Roussef trocaram as badaladas praias do Rio de Janeiro pela pacata e recuada Praia de Inema. Inema é uma praia privativa das Forças Armadas, mas tem sua congênere ao lado, a Praia de São Thomé de Paripe, com características semelhantes de águas mornas, quase sem ondas e pouca profundidade, ideal não só para o banho de mar em família, mas para a prática de esportes como o stand up padle, o mergulho e a natação, al´[em de contar com uma relativa infraestrutura de serviços.
Para quem quer se aventurar em um passeio pelas águas da Baía de Todos os Santos, dentro dos limites de Salvador, a Ilha de Maré é uma boa pedida. A 15 minutos de barco ou lancha a partir do terminal marítimo de São Thomé de Paripe, a ilha oferece a Praia das Neves, chamada assim por causa de suas areias imensamente brancas. Límpida, morna e de pouco profundidade, o local mistura trechos para o banho de mar com vegetação de manguezal, tendo ao fundo, a Igreja de Nossa Senhora das Neves, de 1552 e em perfeito estado de conservação.
E, por fim, conceituada Praia de Selo Azul Internacional, concedida em 2014, de Ponta de Nossa Senhora de Guadalupe, na Ilha dos Frades. Além dessa praia, cuja principal característica é a sua excelente balneabilidade e conservação ambiental, a Ilha dos Frades ainda oferece como opções a Praia de Paramana, e a pequena enseada de Loreto, onde está a igreja do mesmo nome (1876) quase que debruçada sobre o mar.