Quando Salvador, capital da Bahia e primeira capital do Brasil, é eleita por brasileiros, estrangeiros e pelos próprios baianos, como um dos principais destinos turísticos, não é a toa. Afinal são 474 anos de história, de cultura e muita beleza que influenciou e ainda influencia a vida de muita gente. Por aqui, berço da brasilidade, as manifestações estão por toda a parte.
Nas ruas, becos e ladeiras, quer do centro cosmopolita ou do Centro Histórico, os traços das heranças ancestrais de escravos africanos do período colonial, povos indígenas, colonizadores portugueses e de diversas nacionalidades que por aqui estiveram desde 1549, data da fundação da cidade, estão por toda a part se misturam ao dia a dia dos baianos.
Com três diferentes tipos de orla marítima – Atlântica, de mar aberto; do interior da Baía de Todos os Santos e da Península de Itapagipe, com extensão para o Subúrbio Ferroviário, Salvador se divide entre a Cidade Alta, com a parte histórica, onde está o Pelourinho e seus arredores, e a Cidade Baixa, ligada pelo Elevador Lacerda, e que se estende até a Península de Itapagipe e o entorno da Baía de Todos os Santos.
E é, principalmente na Cidade Alta, onde tudo começou, que é possível se reviver essa magia que mistura história, cultura, religiosidade, gastronomia e a essência da baianidade. Do Palourinho ao Santo Antonio Além do Carmo, do Porto da Barra (local de desembarque de Thomé de Souza e marco da fundação da Cidade, até a sua parte mais modernizada que se esprai pelos bairros mais ao centro e em direção ao Norte da cidade, Salvador mistura modernidade com ancestralidade, o que a torna um dos principais destinos turísticos no Brasil.
Difícil falar dessa que foi a primeira capital do Brasil, sem mencionar sua cultura que gerou manifestações como o Carnaval – a maior extensão de festa popular que existe –;da sua religiosidade que permite o sincretismo entre a religião Católica e as de matrizes africanas e suas vertentes do Cristianismo; da gastronomia, que mistura sabores herdados pelos antigos escravos africanos, como o acarajé, o abará e o vatapá, com a tradição indígena, que nos legou o uso do azeite de dendê, o leite de coco e a pimenta, que dão sabor especial às moquecas e variedades de frutos do mar; e da cultura, que mistura ritmos com o axé music (uma invenção baiana) com o frevo carnavalesco, o pagode e a MPP em vozes como de Caetano, Gil Berto Gil e Gal Costa, que pode ser visto, pesquisado e vivenciado no Museu da Música.
Salvador, a Cidade da Bahia, do Brasil e do mundo, onde os 474 anos de sua criação, a tornam cada vez mais histórica e, ao mesmo tempo, mais contemporânea do que nunc