Palácio Rio Branco, um mirante para a historia

Se você está em Salvador e busca uma referência dos primeiros anos da colonização portuguesa e de nossa história, não tem nada mais emblemático: o Palácio Rio Branco. A história desse rico palácio se mistura com a da primeira capital do país e remonta à sua fundação.
Nasceu modesto, era uma edificação simples, mas marcante para Salvador e para o Brasil. Por mais de dois séculos, ele sediou o governo geral do Pais, foi palco de decisões históricas e passagens marcantes na vida do Brasil.
O prédio primitivo foi construído paralelamente a fundação da cidade do Salvador, na Praça Thomé de Sousa, em 1549, no Centro Histórico da capital baiana. Construído em taipa, em 1549, no mesmo local do atual Palácio, foi chamado de Casa do Governo.

Edificado a mando de Thomé de Sousa, primeiro governador-geral do Brasil, sua localização seguiu a disposição planejada por Luiz Dias, o arquiteto da Cidade, com magnífica e estratégica vista para a Baía de Todos os Santos. Estratégica, sim, pois se tratava de um centro de comando e, naqueles tempos, os ataques só podiam vir pelo mar.
Bombardeada em diversas ocasiões, como na Invasão Holandesa, e sempre reconstruída, a monumental edificação ganhou novas alas ao longo da sua historia. tornando-se imponente e uma referência na cidade.

Funcionou como sede do Governo da Bahia até 1979, quando esta foi transferida para o CAB (Centro Administrativo da Bahia). Em seguida, abrigou temporariamente o Gabinete do Prefeito. Em 1983, o Palácio passou para a Bahiatursa. Em 1986, passou a abrigar o Memorial dos Governadores Republicanos da Bahia.
Em 1991, sediou a Fundação Pedro Calmon (Centro de Memória e Arquivo Público da Bahia). Em 2009, a Fundação foi transferida. Em 2010, passou a ser sede da Secretaria de Cultura do Estado e recentemente voltou a abrigar em uma de suas alas a Bahiatursa.
O Palácio possui rica decoração e preciosas obras de arte, que merecem detalhada visita.