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Não tem tempo ruim para visitar a Bahia. Vale o ano inteiro

Publicado em: 03/12/2024
Por: Adilson Fonsêca
Atenção: Caso qualquer das fotos que ilustram essa matéria seja de sua autoria nos informe via WhatsApp (71) 9.9982-6764 para que possamos inserir o crédito ou retirar imediatamente.

Normalmente as agências de viagens oferecem pacotes turísticos e escolhem determinadas épocas do ano consideradas as ideais para quem quer viajar. Mas na Bahia, qualquer época é boa, porque se não der praia, entre as centenas espalhadas pelos 1.200 quilômetros de litoral do Estado, há regiões propícias para o outono e inverno, como a Chapada Diamantina, ou mesmo para os amantes de aventura, como o Vale do Rio São Francisco, e para os amantes de história e cultura, o Recôncavo Baiano, onde tudo começou.

Por isso, o melhor é você escolher a época que mais lhe agrade, algo como um período sabático ou um feriadão que proporcione um final de semana prolongado, que lhe permita vir com amigos e com a família desfrutar da diversidade de clima e de destinos.

Para quem gosta de curtir o mar, a Bahia tem mais de 1.200 quilômetros de litoral, onde estão mais de 300 praias. São recantos mágicos com mar aberto, como no Litoral Norte e no Extremo Sul. Praias de águas calmas e límpidas, como em Salvador e na Baía de Todos os Santos, com falésias e escarpas, como em Trancoso e Porto Seguro, e com manguezais, estuários, ilhotas e canais fluviais, como na Baía de Camamu e Península de Maraú. Nessas localidades há espaços para a badalação, o sossego, com resorts para distrair a criançada, ou com charmosas pousadas onde imperam a calma e o silêncio.

Em Salvador, mesmo no outono/inverno, sempre há espaços para o sol de verão. A capital baiana é um imenso caldeirão cultural que se movimenta o ano totó. E passar alguns dias por ali aproveitando a simpatia e a alegria dos soteropolitanos, permite ir a locais de agito e boemia, como os bairros do Rio Vermelho, Santo Antônio Além do Carmo e no Pelourinho, além, em qualquer época do anho, conhecer mais sobre a história do Brasil, sobretudo no Pelourinho, com seus ateliês, casarios e igrejas do século 18.

Aí você vai perceber que o tempo sempre será curto para se conhecer o que a Bahia tem, de melhor. E vai querer voltar para conhecer mais.

No litoral

Logo após a Baía de Todos os Santos, começa o trecho que é conhecido como Costa do Dendê. Não apenas praias como Morro de São Paulo e Barra Grande, mas a terra das Zambiapungas, em Nilo Peçanha, e o casario histórico de Valença.

Segundo pelo litoral, chega-se à terra do Cacau, com Ilhéus sendo a sede principal. Fazendas na chamada Rota do Chocolate contam a história dos antigos cacauicultores e do processo de fabricação do chocolate.

A meio caminho de Salvador e Porto Seguro, Itacaré, antiga vila de pescadores, hoje com pouco mais de 24 mil habitantes, vive do ecoturismo e oferece generosamente praias, cachoeiras, piscinas naturais e coqueirais enfileirados. A vila de Barra Grande, na ponta da Península de Maraú, ainda consegue manter as piscinas naturais de Taipu de Fora livres do fuzuê durante a maior parte do ano.

A Costa do Descobrimento, em Porto Seguro e com ele Trancoso, Arraial da Ajuda. Em Porto Seguro a história viva do descobrimento, com os índios pataxós e seus rituais e artesanatos, e monumentos que datam do período colonial. A Reserva de Monte Paschoal e muito de Mata Atlântica.

No extremo Sul do Estado, as praias ricas em falésias e algumas ainda virgens, são berçários das baleias jubartes, que tem no Arquipélago de Abrolhos, o local de acasalamento. É terra também do famoso Marlin Azul.

No interior

Mais para dentro, no meio do estado, brilham as águas cristalinas que Deixando um pouco a faixa litorânea, a Bahia reserva boas surpresas no interior. Avançando um pouco para o centro, o visitante se depara com uma variedade de serras e montanhas, que formam o conjunto da Chapada Diamantina, o principal destino de ecoturismo do Brasil. Nesse miolo exuberante, prepare-se para trilhas, banhos de cachoeira e de rios de águas limpas, frio e montanhas, como o Morro do Pai Inácio e os vales do Paty e do Capão, de encher os olhos.

São belezas como os cânions, de cachoeiras como a da Fumaça, com quase 400 metros de queda, grutas e vistas espetaculares dos morros do Parque Nacional da Chapada Diamantina. E também conhecer a história dos tempos do garimpo de ouro, diamante e esmeralda.

O sertão

Andar pelas terras por onde andou Antônio Conselheiro e conhecer o cenário da Guerra de Canudos, na cidade e na vila do mesmo nome. Ou conhecer os locais desbravados por Lampião, Maria Bonita e o cangaceiro Corisco, e o maior complexo hidrelétrico, no Rio São Francisco, na cidade de Paulo Afonso.

Mas se quiser um clima mais ameno, mas com áreas de interior, o Oeste, com seu imenso Cerrado, oferece imensidões de terras onde se cultiva boa parte da safra de grãos do Brasil, em Barreiras e Luís Eduardo. Apreciar o folclore da velha cidade de Barra, na confluência entre os rios São Francisco e Grande, ou as dunas, igarapés e o Lago de Sobradinho, no chamado Brejo da Barra (entre Barra e Xique-Xique).

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