A 352 quilômetros de Salvador está a cidade de Monte Santo, que reserva ao visitante, testemunhos históricos deste e de outros mundos, literalmente.
Sim, porque a região foi o berço da conhecida Guerra de Canudos, liderada por Antônio Conselheiro e imortalizada por Euclides da Cunha em “Os Sertões”, e tem também a réplica de um dos maiores meteoritos que já caíram na Terra, o Bendegó, localizado em 1784.
O verdadeiro meteorito foi perdido numa tentativa de transporte para Salvador, por volta de 1785, quando suas cinco toneladas despencaram da carreta de carros de bois que o transportava.
O precioso achado acabou caindo no leito seco do riacho Bendegó, onde ficou por mais de 100 anos, até ser explodido e seus fragmentos levados como uma preciosidade a vários laboratórios do mundo.
A réplica pode ser vista no Museu do Sertão e impressiona poela sua magnitude. Mas o museu tem mais. Ele guarda também muito de toda a história e arte da região.
Na Praça Monsenhor Berenguer está concentrada a maior parte do casario histórico de Monte Santo, com prédios datados do século XVII.
Cidade que traduz a forte religiosidade do povo nordestino, Monte Santo, considerada cidade sagrada, tem a famosa subida da serra, onde é refeito o Caminho da Santa Cruz, com peregrinos de todas as partes do País.
Fé redobrada durante a semana santa, com rituais dolorosos, mas de muita fé. Lá no alto, após quatro quilômetros de subida, há 23 capelas e pode-se descortinar uma vista extasiante de toda a região.