O local atualmente é conhecido como o Forte da Capoeira, mas sua história é militar, como uma das fortalezas do Brasil Colônia. Do alto do bairro de Santo Antonio Além do Carmo, têm-se uma ampla vista da Baía de Todos os Santos e o forte, que já foi também Cadeia Pública, era uma das sentinelas de defesa da cidade contra as invasões estrangeiras pelo mar. Hoje é um reduto de artistas, de roda de capoeira e um dos símbolos da cultura e história de Salvador.
O bairro do Santo Antonio Além do Carmo já é por si uma história à parte do Centro Histórico de Salvador. Local de cafés, barzinhos, bistrôs e ateliers diversos e pequenas e aconchegantes pousadas, a área convida para um passeio a pé pelas ruas calçadas em pedras, casas coloniais pintadas com cores fortes e a vista da Baía de Todos os Santos. A visita ao forte e à Igreja de Santo Antonio faz parte desse roteiro quase que obrigatório.
O Forte de Santo Antônio além do Carmo, conhecido atualmente como Forte da Capoeira, fica no largo do próprio bairro, defronte à igreja do mesmo nome, e foi construído entre 1695 e 1703. Era um dos mais estratégicos do conjunto de fortaleza de defesa da Salvador colonial, pois situado em uma colina defronte ao mar, tinha como apoio de defesa o forte do Barbalho, localizado um pouco acima, a direita da encosta.
Capoeira – O bairro do Santo Antonio Além do Carmo é um reduto de artistas plásticos, escritores, arquitetos, produtores e músicos, e é um dos bairros mais antigos de Salvador, assemelhando-se a uma cidade do interior, com uma paróquia, um coreto e uma praça.
A Capoeira acabou sendo o motivo de restauração do forte, em 1981, com a Academia de João Pequeno, discípulo de Mestre Pastinha, e atualmente pelo Grupo de Capoeira de Angola Pelourinho (GCAP), de Mestre Moraes. No local existem espaços para a prática e exibição da capoeira, um memorial alusivo aos grandes mestres, fotos e vídeos) e salas de aula para a prática da capoeira, além de videoteca, biblioteca, oficina de fabricação de berimbaus, caxixis e pandeiros, e jardim.