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São tantas histórias que dá até medo ir à Ilha do Medo

Publicado em: 13/08/2024
Por: Adilson Fonsêca
Atenção: Caso qualquer das fotos que ilustram essa matéria seja de sua autoria nos informe via WhatsApp (71) 9.9982-6764 para que possamos inserir o crédito ou retirar imediatamente.

Sabe um daqueles lugares que parecem cenário de filme de terror. Uma ilha com algumas ruínas tomadas por uma vegetação nativa, mas que só serve para tornar o ambiente mais tenebroso. Um pequeno pedaço de terra onde o homem não habita há décadas! Onde não há água doce e poucos animais rastejantes sobrevivem. Pois é, estamos falando da Ilha do Medo, encravada na Baía de Todos os Santos e que pode ser vista num passeio de barco até a famosa e bela Itaparica.

Ela é a primeira Estação Ecológica da Baía de Todos os Santos, tombada oficialmente por lei municipal em 1991, mas tem tantas histórias e lendas que merece um capítulo à parte.

O seu nome Ilha do Medo nada tem de mórbido para quem faz um passeio pela baía e se depara com uma das menores ilhas no entorno de Salvador. Mas se der ouvidos ao que falam dela… ou até um pouco da sua paisagem… melhor nem ancorar. Ou pior ainda: passar a noite por lá.

O mistério e as lendas estão presentes todo o tempo. O lugar é envolto em histórias e por isso mesmo atrai a atenção de baianos e turistas, movidos pela curiosidade e por desvendar a lenda que diz que o espaço ganhou o nome de Ilha do Medo, porque ficou assombrado após abrigar um asilo para onde eram levados doentes terminais de lepra e cólera-morbo, na época do Brasil Colonial.

Outra lenda diz que um padre da comarca de Itaparica teria recebido dinheiro para celebrar missa e não o fez. Após sua morte, sua alma passou a residir na ilha, convidando os pescadores que passavam pelo local para assistir à celebração da tal missa.

Outras histórias dão conta de que, quando os holandeses vieram invadir a Baía de Todos os Santos, confundiram a silhueta da ilha do Medo com a de uma nau portuguesa e bateram em retirada.

Dizem, também, que os negros faziam trabalhos de candomblé para amedrontar os brancos da região e, em resposta, os jesuítas teriam colocado gatos selvagens no local.

O fato é que, com ou sem lendas, a Ilha do Medo é um paraíso ecológico, onde pescadores aportam e visitantes mais corajosos podem usufruir da bela paisagem e de um gostoso banho de mar nesse reduto tão místico, mas com um detalhe: o desembarque só é possível com a maré cheia, condição também para o banho de mar e atracação dos barcos.

Como não possui fonte de água doce, a vegetação na ilha é na maior parte  formada por restinga e manguezais, tendo apenas uma ruína do século XIX , que abrigou uma guarnição militar. Se você quer se arriscar, leve alguns litros de água doce e nada de deixar garrafas e lixo por lá.

 

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