Se você só ouviu falar da Chapada Diamantina nos lugares mais tradicionais, de ampla visitação turística, mas quer conhecer coisas novas, uma das opções para os amantes da aventura e da natureza é o pequeno município de Iramaia, banhado pelo Rio Paraguaçu, onde se encontram belíssimas cachoeiras e corredeiras.
Nada de luxo ou sofisticado, Rústico mesmo, como as pinturas rupestres na Gruta da Lapinha, um dos inúmeros atrativos ainda intactos da região. Mas que valem a pena serem conhecidos. Ideal para trekking, passeios por trilhas e, ao final, um bom banho de cachoeira.
O município nasceu de uma fazenda denominada Almas do Sincorá, onde foi construída uma estação e uma casa para o agente fiscalizador da construção da antiga Ferrovia Leste Brasileira.
A região é agreste, seca na maior parte do anjo, mas esconde, entre rios, trilhas e mata ainda virgem, surpresas para o visitante, que contrastam com a primeira impressão que se tem. Iramaia possui diversos segmentos para o turismo como grutas, cachoeiras, pinturas rupestres, diversas opções de trilhas, a cultura viva da Folia do Boi Janeiro e do Terno de Reis, as ruínas da Estrada Real (criados pela Coroa Portuguesa durante o período do Brasil Colônia), cultura local e culinária típica sertaneja.
São inúmeras opções, sendo algumas mais destacadas, como a Gruta do Bom Jesus, onde existem pinturas rupestres, a Serra do Sincorá, a Cachoeira das Andorinhas e a Cachoeira da Raposa. O povoado de Raposa representa bem essa diversidade.
Raposa – Esse povoado, localizado no divisor dos municípios de Iramaia (a 41km da sede) e Ibicoara (a 18km), está encravado no meio da Serra do Sincorá. Tem pouco mais de 50 habitantes e uma arquitetura rural do século XVII com casas de adobe, camping e hospedagem rural.
A grande surpresa fica no fato da localidade ter 26 cachoeiras, a maioria pouco explorada. Destaque para as quedas da Raposa e do Fundão, além de cânions e um sítio arqueológico com três das quatro lapas que existem na região: Lapa do Valtinho, Lapa de Zé de Bernardino e Lapa da Vendinha, que abrigam aproximadamente 800 gravuras de pinturas rupestres.
Como chegar
São 440 quilômetros (aproximadamente seis horas) a partir de Salvador.Saindo de Salvador segue pela BR-324r até Feira de Santana e de lá pela BR-116 (Rio-Bahia). Logo após a ponte sobre o Rio Paraguaçu, entra à direita e segue pela BA-245, passando pelas cidades de Iaçu, Itaetê e chegar ao município.