O percurso é de 372 quilômetros a partir de Salvador, e fica numa das regiões mais agrestes do Semiárido Baiano. Mas é lá, sob as bênçãos do beato Antonio Conselheiro, aquele da Guerra de Canudos, que vivem as Ararinhas Azuis, espécie de ave que estava quase em extinção e que,. Graças à preservação do seu habitat, hoje se reproduz com facilidade.
O Raso da Catarina, cujo nome, conta-se, foi em homenagem à Catarina, antiga moradora e líder local, forma diversos “tabuleiros” recortado por cânions. A região forma o ambiente perfeito da caatinga, vegetação típica do semiárido e fica localizado na parte centro-leste da Bahia, entre os municípios de Canudos, Macururé, Jeremoabo e Euclides da Cunha. Possui trinta e oito mil quilômetros quadrados de área e é uma região de solos muito arenosos, profundos e pouco férteis, de relevo muito plano.
Com paisagens formadas por cânions profundos, com solo arenoso em tons avermelhados e rochosos que se formaram ao longo de milênios, é a área mais seca do sertão baiano, de clima bastante quente e seco. A fauna abriga espécimes raras de aves como a Arara-azul-de-lear e avoante, répteis como a cobra cega, lagartos diversos e mamíferos como o veado mateiro e a suçuarana e roedores.
Com pouca densidade populacional, abriga em seu interior a Estação Ecológica do Raso da Catarina, administrada pelo IBAMA. É uma região cheia de história e misticismo, tendo sido palco de lutas dos seguidores de Antonio Conselheiro, na Guerra de Canudos, no final do século XIX, e esconderijos dos cangaceiros de Lampião.
A Estação ecológica é administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade e o acesso é restrito a finalidades educacionais e científicas. Depende de autorização prévia.