Em termos de infraestrutura hoteleira o lugar não oferece aquele conforto e comodidade que muitos estão acostumados. Mas isso não chega a ser problema, pois as opções de hospedagem tanto podem ser os resorts da Costa do Sauípe, pousadas em Imbassahy, ou mesmo ficar em Salvador e fazer aquela viagem “bate e volta”, pois a localidade não é tão distante e tem fácil acesso pela BA-099, a Linha Verde, que liga, a partir do Aeroporto de Salvador, pelo litoral, a Bahia ao estado de Sergipe.
Mas se o que você quer é sossego, uma bela paisagem, uma praia sem quaisquer riscos de aglomerações, a Vila de Diogo é uma boa pedida. A Praia de Santo Antônio na Bahia é paradisíaca e, por ser pouco conhecida, oferece aquela tranquilidade que muitos buscam, nesse período de pandemia do coronavírus. Durante o período de maré baixa, formam-se piscinas naturais para o banho, e na maré cheia, há espaços até mesmo para a prática do surf. A praia é quase deserta, por isso cuide de levar um sombreiro, esteiras e caixas térmicas com bastante líquido para hidratar.
O acesso para a Praia de Santo Antônio, fica no quilômetro 73 da Estrada do Coco, entre Porto de Sauipe e Imbassahy, à direita, e por uma estrada de terra. Fique atento à indicação da sinalização. A partir daí são mais três quilômetros até a pequena Vila de Santo Antônio. Com uma areia branca e fofa, a Praia de Santo Antônio tem vasto coqueiral, além de vários quiosques para oferecer petiscos e comidas típicas aos visitantes.
Perdida no tempo – Apesar de toda badalação do Litoral Norte da Bahia, com os melhores resorts do Estado ali localizados, e com uma boa infraestrutura de acesso, a Vila de Santo Antonio é um lugar onde existem apenas residências de pescadores da região, que reverenciam, todos os anos, a imagem do santo casamenteiro, padroeiro do local.
A vila teve origem da expressão vem do direito de santuário assegurado aos judeus pelo rei castelhano Fernando III, no Século XIII: vítimas de uma feroz perseguição, eles estavam a salvo em Villadiego, graças à ordem real. E permanece fiel a sua origem de aldeia de jesuítas com seus cinco séculos como comunidade de pescadores e de pequenos agricultores.
Nos últimos anos, com o afluxo cada vez mais de turistas de Salvador e de outros estados às inúmeras praias ao longo da Linha Verde, a comunidade original da Vila do Diogo vem ganhando cada vez mais a companhia de “refugiados” das grandes cidades, gente que chega de todas as partes do mundo para viver perto da natureza, e se desligar da vida moderna.