A grande vantagem da Bahia em relação aos demais estados brasileiros é que mesmo sem o seu principal cartão postal, curtido nos seus mais de 1.100 quilômetros de litoral, ainda oferece boas opções de turismo na sua região central, na qual se destaca a Chapada Diamantina. Para quem visita o estado entre os meses de abril a setembro, a Chapada Diamantina é a melhor opção, graças à sua variedade de cenários.
Com dois períodos distintos, o verão, que vai de novembro a maio, e o inverno, que vai de maio a setembro, com os respectivos meses de transição. Por isso é importante ficar atento para alguns detalhes que podem ajudar na escolha das datas, como a diferença de clima, a temporada de chuvas, a quantidade de água nas cachoeiras e, principalmente, o número de turistas na alta temporada.
Enquanto no litoral o período de novembro a março é marcado por sol forte e altas temperaturas, na Chapada é o período de clima quente e úmido, com muitas chuvas e temperaturas mais elevadas. Já entre os meses de maio a setembro, com fortes chuvas no litoral, na Chapada o clima é marcado pelo período mais seco e com temperaturas um pouco mais baixas. Em qualquer dos cenários, contudo, a região sempre oferece atrativos naturais e culturais, roteiros para quem busca paz e tranquilidade, ou para quem está atrás de história e aventura.
Inverno (maio a setembro)
Os meses de maio a setembro marcam o período mais seco da Chapada Diamantina, quando as chuvas acontecem com menos frequência e a temperatura tem uma leve queda, mais perceptível nas cidades mais altas da região. Locais como Mucugê e Vale do Capão podem ter mínima de até 10°C. Apesar da queda da temperatura, principalmente à noite, durante o dia ela é sempre agradável e ajuda muito na hora das trilhas longas sob o sol. É o período ideal para roteiros no Vale do Pati, que exige até 25 km de caminhada por dia.
A diminuição das chuvas facilita também o trajeto em trilhas à beira dos rios, já que a queda no volume de água deixa as pedras do leito mais acessíveis e menos escorregadias, ideal para visitar as Cachoeira da Fumacinha e a Cachoeira do Mixila. A queda na temperatura também influencia na água. Aquele mergulho na cachoeira pode ser um ato de coragem em alguns dias mais frios do ano.
Verão (novembro a março)
O verão na Chapada Diamantina é marcado pelo aumento das chuvas e, consequentemente, do nível dos rios e quedas d’água nas cachoeiras. A chuva começa a aumentar em outubro, atinge o auge em novembro e segue até abril, quando começa a diminuir. O verde da paisagem e a abundância de água torna o período ótimo para ver as cachoeiras com toda a força e beleza das corredeiras.
Em compensação, o aumento das chuvas deixa as trilhas escorregadias e, em caso de trajetos mais difíceis, até mesmo perigosas. A intensidade da água pode também atrapalhar um pouco o banho em algumas cachoeiras, que ganham muita força no auge das chuvas. A boa notícia é que a temperatura da água fica mais amena. A temperatura máxima nesse período ultrapassa os 30°C, e durante a noite dificilmente fará frio.
Roteiros
Trekking no Vale do Pati
Além de seu belo e diversificado litoral, a região central apresenta cachoeiras, grutas, cavernas, morros, rios e trilhas reunidos na Chapada Diamantina.
Natureza com adrenalina
Ainda desconhecida do grande público, a faixa norte da Chapada Diamantina configura-se num ambiente propício para aqueles que possuem espírito ecológico e de aventura.
Trekking em Palmeiras
Fundada por causa de suas muitas jazidas de diamantes, Palmeiras se consolidou também por estar em um ponto estratégico da Chapada Diamantina.
Trilha do Caboclo
A travessia do Vale do Paty abre-se em belas paisagens de matas nativas, rios e cachoeiras, em sintonia com casarios coloniais e monumentos históricos.
Parque das Cachoeiras
A diversidade da fauna e flora silvestres, além de belíssimas cachoeiras, grutas e trilhas de grande beleza.
Trekking em Jacobina
Dona de um vasto patrimônio histórico, marcando o limite norte da Chapada Diamantina, Jacobina não economiza quando o assunto é beleza.
Volta ao Parque da Chapada Diamantina
Este roteiro é flexível aos diversos perfis de visitantes e conta com infraestrutura turística de qualidade. Roteiro mais diversificado da Chapada Diamantina.
Museu aberto
Saindo de Morro do Chapéu e percorrendo 118 km em direção a Irecê, o município de Central possui sítios vinculados aos territórios de calcários. Tanto as pinturas geométricas coloridas atribuídas à Tradição Geométrica, feitas em tocas e abrigos, como cenas da Tradição Nordeste, incluindo o famoso Toxodonte, feitas em espaços aberto
Morros do Pai Inácio
A visão do visitante abrange os 360 graus da paisagem, que se torna ainda mais encantadora ao sol poente. Do alto deste mirante natural tem-se uma visão privilegiada da paisagem de toda a região. São 22 km ligando Lençóis ao início da trilha, pela BR-242. Do seu pico, que fica a 1.150 m acima do nível do mar, avista-se a Serra do Sincorá, a Serra da Bacia e a Serra da Chapadinha.
Morro do Camelo
Com o cume a 1 090 metros acima do nível do mar e uma altura de 170 metros a partir da base, o Morro do Camelo ficou famoso por ter sido cenário de abertura da novela Pedra sobre Pedra, exibida com sucesso pela Rede Globo de Televisão. Suas formas permitem duas interpretações aos observadores: visto da BR-242, em direção a Seabra.